Lá vem de novo, com o coração cheio e pesado de temores e preocupações, querendo não querer muita coisa pro ano que vai nascer. É isso que ela quer: não querer... não esperar muito de nada nem ninguém. É que sempre que ela faz planos e deseja e idealiza e faz força pra que aconteça... bem, sempre sai torto. Torto como ela mesmo é. Não é auto-piedade, não. Os sentimentos é que não estão realmente bons nesse fim de ano. Ela se sente vazia. Vazia de tudo que lhe agrada e acalenta a alma. Culturalmente falando, ela nunca foi lá grandes coisas, mas ultimamente... ela não sabe o que aconteceu, só que se tornou este ser meio parco.. meio sem assunto. É mais uma “introspectividade”
As coisas não estão muito bem...
Ela se lembra então de seu mundinho bom onde as coisas são apaziguadas e tudo tem ares de querer bem, suspira um sorriso de alívio e refaz o ritual de todos os dias: o banho... os cremes... a roupa leve...
Ela se lembra então, com carinho, de seu mundinho bom onde todas as coisas são apaziguadas, onde cada dia tem algo novo que lhe agrada. Ela se lembra que é lá, onde tudo tem ares de querer bem, que planta, em silêncio, seus despretensiosos sonhos na esperança de que ao menos alguns deles germinem no mundo real.
Ajeita a cama, apaga a luz e vai dormir.
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