quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Do meu jeito

Tenho no tornozelo esquerdo resquícios do paraíso que quero encontrar pelo resto da vida.
Tenho ainda as vértebras de uma cascavél.
Sou cobra no Oriente, quem carrega o peso dos feitos do dragão.
Dragão que um dia fui, de escamas traslúcidas, que de tanto entojo tornou-se libélula que, sabe, precisa evolui - rápido e constante - para garantir sobreviver e perpetuar.
Do inseto, pregarei as asas nas costas o mais rápito quanto puder para não mais esquecer do que é preciso - evolução.
Estarão, pois, envoltas em nebuloso resquício do dragão para lembrar da nobreza e da importância.
E nos pés, ainda o guiso, ainda as vértebras
- avisar cautela ao inimigo, não custa
- nem lembrar-se de que todo feito tem peso e consequência para alguém aturar
O braço direito ainda carregará o tamanho, em escamas, do amor que sente pela pisciana
E em algum dos pulsos, o infinito
Assim que perder o medo da dor, metais cravarão locais de subterfúgios
E o que mais eu inventar...

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