quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

não sei você, mas eu... putz!
eu to cansada..

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Se me vires dançando na beira do precipício e tiver vontade, me salva.
Mas antes... é só o que peço, dança comigo.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Recado

Eu acho lindo você se libertar e SER.

Justiça

Eu minto
Só rezo no desespero
Como carne sem remosos
mas se lanço os braços aos céus
e clamo por chuva
não hei de praguejar as enchentes.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

eu ia dizer que preciso de mais tempo...
eu ia dizer que já não alimento mais os peixes...
mas essa última frase me pareceu cruel.
e a primeira, recorrente.

não sou assim... cruel em essência, muito menos uma chata que repete mil vezes a mesma lamúria.
é melhor mesmo engolir e fazer por onde.
porque ela me abraçou e disse "não se faça de coitadinha" com aquele jeito de quem sabe que está certa.
porque ela me abraçou e disse "vai dar tudo certo" como fosse mãe.
e me cobrou postura.
e me disse o necessário de ouvir.

"diga a eles que eu tentei ser boa."
foi aí que eu percebi o quanto estava sendo pequena, míope e acomodada.
foi aí que eu disse - em nó - "pode deixar... eu direi."

domingo, 18 de outubro de 2009

As vezes eu me destraio.
As vezes eu deixo pra depois..
Porque adio planos e danos...


Então, me desculpe...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Entrelinhas

O tempo corre.
Eu me perco em assuntos de pouca importância e deixo pra depois o que não devia.
É que me destraio fácil me atendo a detalhes que ninguém mais repara.
Estou nesse exato momento deixando pra depois o que não devia.
Eu não deveria nem estar aqui!
Mas o ócio me atrai.

Estou há duas horas tentando dizer...
Faltei à prova porque tenho dignidade.
Troquei de roupa pra me sentir mais a vontade.
E estou aqui...
Há duas horas tentando dizer.
- já não sei se o portuguêsperfeitoestado de outrora ainda existe.

Acho que agora sim...

Minha meninaponto
Os tempos são difíceisvírgula eu seiponto
E sinto não ter o tempo que gostaria com vocêponto
Mais horas ao seu ladoreticências
Diga às nossas crianças que trabalho no telemarcketing
Esse meu mundo é mesmo muito loucoexclamação
Mas tenho certeza de que não era isso que pretendia dizer.
Acho que era mesmo "fique bem" e "agüente firme que já vai passar"
Tudo por aqui caminhavírgula ao menos pro meu ladovírgula pra que meu tempo de respirar só exista porque respirar é involuntárioponto
Então desculpe este ser que te ama já de antemão por qualquer "não posso" que eu venha dizer.
Um dia tudo isso será lembrança de comer com biscoito vendo tv numa terça à tarde porque seremos donas do tictaquear que ecoa da sala.
Calmareticências
Eu sei que é algo que te encomoda, mas.. calma.
A vida segue.
O que é ruim fica pra trás..
- e isso me soou mais clichê que frases eleitoraisexclamação

Estou escrevendo sem olhar pra trás.
Pus-me essa meta hoje.
Guardei o freio-social na gaveta.
Tomei café com determinação.

Mas ainda tenho a impressão de que sempre me enrolo toda vez que tento te escrever "Eu te amo!"...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

escrevi...
apaguei...
interet tem dessas coisas, nao é?

escrevi... e enviei...
antes que perdesse coragem e aí..
ah.. nunca mais!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Do meu jeito

Tenho no tornozelo esquerdo resquícios do paraíso que quero encontrar pelo resto da vida.
Tenho ainda as vértebras de uma cascavél.
Sou cobra no Oriente, quem carrega o peso dos feitos do dragão.
Dragão que um dia fui, de escamas traslúcidas, que de tanto entojo tornou-se libélula que, sabe, precisa evolui - rápido e constante - para garantir sobreviver e perpetuar.
Do inseto, pregarei as asas nas costas o mais rápito quanto puder para não mais esquecer do que é preciso - evolução.
Estarão, pois, envoltas em nebuloso resquício do dragão para lembrar da nobreza e da importância.
E nos pés, ainda o guiso, ainda as vértebras
- avisar cautela ao inimigo, não custa
- nem lembrar-se de que todo feito tem peso e consequência para alguém aturar
O braço direito ainda carregará o tamanho, em escamas, do amor que sente pela pisciana
E em algum dos pulsos, o infinito
Assim que perder o medo da dor, metais cravarão locais de subterfúgios
E o que mais eu inventar...

domingo, 16 de agosto de 2009

hoje o dia foi metade.
e, sinceramente, foi o suficiente.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Aderindo à Causa

PLC 122/2006

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Dos passos não contados

Ainda pela manhã, a 180 km de distância, sentia o cheiro dela. Aquele cheiro bom que a tira do sério...
Respira fundo. Sente de novo, cheiros e sensações. Fecha os olhos. Sorri. Sente.
De quando a terá de volta aos braços, não sabe. E pelo tempo que já se fazem um único ser, já não guarda as lembranças que doem... só as que queimam.
Vê lá...
“Não temos mais tempo!...”
Fica então a vontade do que não foi, que tira o fôlego na memória e deixa nuances nos sorrisos das imagens captadas nas viagem que – para os cegos seletivos – também nunca foi.
O coração trepida.
Lembra que, no translado para a realidade, o corpo ainda tremia.
A menina se atém a pequenos detalhes que fazem a vida melhor e que a comovem. “Droga... não te beijei na escada... eu sempre te beijo na escada!..”
As vezes se culpa por não ter boa memória.
“Eu não quero ir”, disse querendo chorar.
“Dorme com os anjos...” ouve sempre da fibra óptica.
Disse assim para o gato: “Eu volto!”. Apertou-o contra o peito.
Disse assim para ela: “Mulher da minha vida!...”
Aproveite o processo... já diria o mestre de Yoga.
Conclui na subida da serra eneblinada que não é pra entristecer: é pra dizer “Eu te amo” sempre que possível.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Internus

Os bares estão cheios as terças porque é mês de férias. Ela está cheia de trabalhos e de dívidas na época menos propícia possível, mas, ainda assim, se o telefone toca à convidando à boemia, não tem dúvidas. Resolveu dizer “sim”. À propostas de trabalho, à convites de última hora, aos ímpetos com conseqüências desastrosas em sua conta bancária. Aprendeu a considerar bem vindo. Aprendeu na Yoga a respirar, a canalizar energia, a distribuir pesos pra não doer e a se concentrar no processo e viver isso intensamente porque assim o objetivo vem naturalmente.
“Cinema barato hoje?” a voz do outro lado da linha dizia genericamente. “Ok! Só preciso resolver umas coisas aqui.” Ela respondia. “Te espero, então. Estou no bar!”
Não haveria cinema aquela terça, era certo. Fosse que filme fosse, aquele bar era tão intimista que seria difícil sair dali a tempo de qualquer seção e quando ela chegou foi, pois, o que aconteceu.
Sentou-se pela primeira vez à mesa dos cativos – antes era habitué da mesa dos observadores. A sua volta semi-conhecidos, completos estranhos, o dono do bar e a garota que havia telefonado; aquela a quem cita por vezes “consciência”. Cadeiras voltadas para a rua. Meninas passando. Notas, por favor! Certo era que ali naquela mesa todos tinham – ou ao menos diziam ter! – a mesma preferência. O riso corria.
Nem era tão tarde quando, feito poeira, todos escorreram: uns para casa, outros para outras mesas. Fazia frio. Deslocou-se também.
Era então agora, protegida por uma pilastra, dentro do bar, mas ainda em frente à porta, só ela e a amiga. Se viu em confissões sobre o tempo. Em verdade, sobre a falta dele. Disse assim “Estou com medo... as coisas estão acontecendo bem, mas não sei se rápido o suficiente. Essa vida que tenho hoje, querida amiga, não posso sustentar por muito. Preciso dar certo logo para poder ser sem rédeas e enfim completa. Não sei se consigo...”. Quis ter um nó na garganta essa hora. Não deu. Antes que pudesse, a menina rebateu tão forte que ela calou. Disse assim “Deixa eu te dizer uma coisa: você tem todo o tempo do mundo.”. Não disse isso, é fato. Mas foi o que disse. E disse mais: disse que escolheu viver sem complemento de frase. Não escolheu viver sem pressa. Não escolheu viver sem medo. Não escolheu viver loucamentecadasegundocomosefosseoúnicodasuavida. Não. Escolheu viver. E ponto. E ela bem acha que entende. Por isso estarreceu pouco e depois calou.
Os copos se encheram novamente. “Essa é a última?! To com sono!”.
Como cerveja não se desperdiça, terminaram, fecharam a conta e foram. Não tem como não falar em trabalho pelo caminho. Ela disse à sua menina que não quer ser workaholic! Nem pensar! Mas gosta do que faz. Elas gostam. Fecharam parcerias. Se despediram.
Acha mesmo que entende a amiga e não faz menção em discordar.
Tem certeza de que a embriagues da noite não a deixou dizer “Obrigada!”, então diz agora. Diz ainda que mora perto, aqui do lado! E mesmo se assim não fosse, ainda assim estaria, como realmente está.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Paranoid

Voltar para casa é apenas um fato passível de ser adiado.
Certas coisas, coisas bobas, me consomem de tal maneira... ontem eu era confiante, nariz em pé, observando - olhando no olho mesmo - as pessoas na rua e hoje, veja só, mal levanto o rosto, tudo me cai mal e o que mais quero é um buraco discreto e escuro, um esconderijo do mundo. Nos fones de ouvido, a seleção de músicas tristes alimenta a auto-flagelação e todas aquelas coisas, as coisas bobas, ficam revoando em cículos em volta de mim. Minha aura quase sangra. E ainda essa sensação horrorosa, que me persegue a semanas, de que o mundo me olha com aqueles olhos avaliativos que querem descobrir algo a mais, como se já tivessem me visto. Daí eu fico logo preocupada se meu zíper tá aberto, se o cabelo está estranho ou se saiu alguma coisa comprometedora sobre mim na internet e as pessoas estão deliberadamente me reconhecendo nas ruas. E, nesse último caso, o quê seria!? O que poderia ser!!? Só se fosse montagem...
Devo mesmo estar em dias ruins.
Tem também a crise criativa... não vou me delongar sobre isso. Estou determinada a resolver.
Estou também cansada dessas coisas de terceira pessoa - singular ou plural. Mas, se mudo, perco a essência do reduto. E também sei que daqui a pouco mudo a idéia. Não importa. Não é isso que me preocupa... é essa loucura que me abraçou de uns tempos pra cá num estágio quase enfermático que parte de mim é consciente, mas que tem outra que só que se fazer consumir.
Tenho dias de vontade de matar.
Tenho dias de vontade de morrer.
Vejo filmes sobre ter esperança, sobre se libertar do passado e sobre recomeçar a vida, mesmo que haja dor.
"Esquecer, não é perdoar" já dizia o palhaço. "Se consagrou, sangra agora."
Quero muito sangrar.
Mas ainda não é tempo de consagração.
Quero muito sangrar. Ralar o joelho, levar um soco na cara e cuspir uns dentes, cortar o supercílio. Saber que ainda estou aqui. Que esta carne sou eu. Porque nunca quebrei nenhum osso nem tive hematomas causados por esportes. Aliás, ninguém me incentivou os esportes.
Acho sim que fizeram pouco por mim.
Ouvi hoje "Mas você não gosta disso!". Era um suco em pó de morango que eu passei anos rejeitando e ontem resolvi comprar logo uns 3 pra fazer estoque porque descobri a pouco tempo que é bom. E tive de ouvir reclamações sobre estar gastando dinheiro atoa e com "coisas que eu não gosto". Então me vem a mente um dizendo "Já passei dos quarenta! Não tenho mais idade pra mudar!" e o outro, antítese, "É... cinquenta anos... estou ficando um ano mais jovem!". Penso enfim que não quero ser como o primeiro, morto em vida, e retruco mentalmente "Se você não consegue mais descobrir novos sabores pra vida, mô beim, problema teu. Eu consigo.".
Tenho direito de mudar e pretendo exercê-lo até o fim dos dias.
Queria muito que as pessoas parassem de me olhar estranho. O que foi que eu fiz!?
Quase chorei de saudade hoje na rua.
Tenho saudades, menina.
Fico, como sempre, imaginando, nos meus passos vagos pela rua, o nosso futuro de paz.
Quero música pela casa, o sanduíche que só você sabe fazer, um bom vinho - que você fará cara feia toda vez que eu beber - e muitas coisas mais. Eu passaria dias falando e escrevendo o que quero. Acima de tudo quero você. Pra sempre. Meu porto seguro...
Quero agora esquecer tudo isso...
Ver um bom filme...
E lembrar de você.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Limpando os móveis [superficialmente]

Pensei o dia todo e, aliás, a semama inteira, em terminar - o blog.
Porque isso aqui está muito parado.. e eu não tenho muito tempo... nem muito o que lamentar... e agora nem computador tenho mais.... e blábláblá. Mas tem uns momentos que eu paro e vejo que algumas peculiaridades humanas ainda me intrigam e mesmo que ninguém venha aqui pra ler, é algo que precisa sair de mim. Afinal, eu é que não posso ficar noite e dia remoendo os mesmos pensamentos!


Seguia em paz no trajeto do ônibus, pensando que pouca falta fazia naquele momento os fones de ouvido esquecidos em casa. Ia em paz. A parada de decida se aproximava. Levantou. De repente, seu nome seguido de uma exclamação: a professora de Desenho, boa gente, a exclamava - literalmente - na surpresa de estarem na mesma condução. O "Tudo beeeim!?" de sempre e então... então que se seguiu o "E aí!?". O temido "E aí!?" que anuncia - sem exceção - a mão no bolso, o sorriso amarelo. Não é um "E aí, tudo bem!?" ou um "E aí, como você está!?". É só "E aí!?"! Como se faltasse alguma coisa, algum complemento da frase. Na verdade, é como se a pessoa não soubesse o que falar. E o pior é que não sabe mesmo! Ah, como é irritante esse "E aí!?". Mas fácil seria ter perguntado sobre a situação socieconômica das doceiras do Casaquistão!
Aff...
É que não tem muito tato pra conversar sobre as amenidades da vida. Odeia conversas de elevador. Sabe falar sobre temas específicos e mal dos outros, pronto. Limitações da vida? Não... piscina pequena e funda! Por que ela não perguntou qualquer outra coisa!? Por que não finguiu hipermetropia feito o antigo colega de ensino médio que nunca assumirá as preferências sexuais ao insistir num namoro hétero e falido!?? Boa gente ela e tudo mais, mas ah... decpcionou!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Não vou me adaptar.
é.. eu me recuso.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Nem todo veludo é azul.


e o rei não é menos por conta disso.

terça-feira, 19 de maio de 2009

"Algumas lendas afirmam que a Libélula foi um dia um Dragão, com escamas coloridas similares àquelas encontradas nas asas da Libélula."

segunda-feira, 11 de maio de 2009

My meds

Não estou para contradições...
Meus planos não vão... os desenhos não saem do papel... e ando a perder minhas ramificações. Hoje Eros se foi. Como pude ser tão desleixada a ponto de não perceber arrancarem parte de mim? Estávamos juntos há tanto tempo!... Ele fazia as horas passarem mais rápido, sabe... e tinha o nome de alguém que me fez feliz em outra vida. Uma vida decidida entre sorte, dados e muitas lágrimas... mas ainda assim me preenchia e ele conquistou esse nome... como pude não perceber quando ele se foi?
Não me diga para não sofrer por um macaco de pelúcia... era importante pra mim.
Dói tanto quanto o meu ombro que mal me permite virar o pescoço hoje: conseqüência da guerra fria que vivi ontem. Tudo anda a refletir em mim. Vivo desde a ultima semana à base de analgésicos e sal embaixo da língua pra equilibrar a pressão e confesso que estou a me habituar com pelo menos um comprimido amargo por dia. A chave da minha alegria ainda tem nome próprio e feminino e sempre terá, mas tem sido em farmácias 24h o meu encontro com o pote de ouro de paz muscular eterna. Cada dia dói algo diferente. Tenho medo de querer inventar no dia em que nada mais doer - se é que já não o faço. Tenho medo de quebrar o cristal. Por favor, meu bem, não me deixe fazer isso. Às vezes eu sou egoísta, sabe. Às vezes eu sou má, dessas de coração negro e tudo mais. Não tenho certeza se sei o verdadeiro significado de "piedade". O que não sinto pra mim, não sei sentir pros outros, essa é a verdade. E agora me veio esse nó na garganta e bem sei que é vontade de chorar, mas não vou. Queria seus braços agora, aí sim sei que choraria. Você, minha eterna menina, me sabe de um jeito que ninguém mais. Você me faz chorar. De um jeito ou de outro, você sabe que faz. E se agora terminasse em sexo, ainda assim eu choraria. Você me desarma. Menina, o Eros se foi... eu sinto dor e não há nenhum analgésico por perto, você está longe, eu estou longe e tudo agora parece tão sofrido. Sei que faço tempestades em poças d'água, mas só sei ser assim.
Eu não deveria ser tão egoísta... o que teço fios de seda não é o linho cru do dia-a-dia. Ai, meus sonhos de bolha de sabão! Sabia que era isso que eu fazia em tardes vans de casa de vó? Bolhas de sabão na porta da cozinha - a que abria pro quintal - e cada uma levava alto sonhos mil que de tão alto e tão longe, estouravam. Pluf! Ai, meu dia que não termina. Eu seria feliz sendo uma partícula short-life. Nem sei por que disse isso...
As resoluções do dia não me agradam. Porque gente feia e burra ainda insiste em falar comigo?? Preciso atualizar meus contatos. Queria meus planos fora do papel e do boca-a-boca. As músicas do mp4 me fazem pensar em você da maneira menos ortodoxa que existe... às vezes é bom, mas não é real e isso me desagrada um pouco..
Dos anseios pro resto do ano, incluo um remake do exterminador do futuro dirigido por mim, com arsenal real e elenco de gente-pouco-importante-que-vai-morrer-dolorosamente à minha escolha e mais tempo pra nós, pra eu poder me perder em você.
Quero também torturar o desgraçado que me separou de Eros, porque há de ter um responsável por isso.
Quero estoques inacabáveis de analgésico.
Quero que seja leve e possível...
Desculpe meu egoísmo, só não estou lidando muito bem com contradições hoje...

Não é pedir demais, é?

terça-feira, 14 de abril de 2009

Technologic

Sucumbi.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Uncool

Me senti um pouco mal agora...
Ninguém me chama pra tirar fotos no site da modinha provincial.
Ela diz que me prefere sem maquiagem.
Eu sei que, pra fotos, não funciono sem elas.
Então é porque não pinto a sobrancelha de rosa ou porque não uso o blush "guerreiros da moda" juntamente com um batom vermelho-prostituta?
Ou porque não faço estravagâncias no meu cabelo - assim, de abusar de todas as químicas ao mesmo tempo - porque sei que ele vai cair?
Não importa, não é...
O povo da obesidade móbida, da anorexia, das drogas pesadas e da ignorância completa sobre o que acontece a volta deles e no mundo... eles podem.
Eu que não sou nem uma coisa nem outra, nem o meio-termo... eu não.
Devo ter cara de comum.
Ou ao menos, devo funcionar assim pras fotos... porque tem gente que é assim: não funciona bem pra foto. Eu mesma conheço uma menina que é bem bonita, mas em foto, tadinha!...
E não é querer me gabar, mas as pessoas dizem, sabe... de eu não ser assim tão "comum". Será que elas dizem assim, só por dizer??
Complexei!
E agora? Todo o esforço de exercícios físicos e tratamentos de pele foi pra nada??
Meu esforço não foi suficiente...
Não ganhei o campeonato de quem come mais gordura saturada na semana... e me importo se estou com um minicroshort e minha perna tem mais crateras que a lua.
Não consegui parar de comer um mês antes daquela festa luuusho e não perdi 6kilos vomitando todo dia após o almoço.
Minha sobrancelha existe, não é colorida - muito menos meu cabelo - e eu não gastei o salário da minha mãe numa nova maquiagem fluorescente com pó de diamante. O máximo que consegui foi uma blusa multi-uso (gente! vira vestido!) na promoção da loja daqui de frente do meu trabalho que, aliás, comprei com um extra do meu, disse "meu", salário.
E as drogas em que esqueci de me viciar quando troquei aqueles novos amigos de pupilas dilatadas e pais que os tiram da cadeia pelos meus antigos que sofrem por amor e vêem filme triste sábado à noite?!
E eu ainda gosto de tomar chá!?
Acho que agora entendi porquê ninguém me chama pra tirar fotos pro site provincial da modinha...
Me senti realmente mal agora!
Confesso a minha total incompetência..
Em fotos, só funciono com maquiagem. Mas ainda não é o suficiente...
Seria preciso uma reconstrução total.
Ela me prefere de cara limpa, falando as verdades e besteiras que penso.
Alguns mais também.
Deve ser por isso que ninguém me chama pra tirar fotos pro site provincial da modinha...
Deve ter um chá pra curar esse meu mal estar.

Até não ser é uma questão de postura.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Nota mental

Contratar um redator pra minha mente.

Sabe aquele dia em que tudo te inspira divagações mirabolantes e as associações mais loucas? Pois bem, foi ontem. E de tudo que quase já não lembro, o que mais me vem é a frase acima, carro-chefe de todos os pensamentos que se seguiram em quantidade maior do que meu baú de arquivos rescentes podia comportar. Um redator não faria mal... desses 24h, nerd e sem vida social. Eu o deixaria usar o orkut! Se a Brithney pode ter um redator de twiter 24h, por que é que eu não posso ter um redator mental!??
Será q funciona se eu divulgar uns panfletos de "há vagas" por aí!??

quinta-feira, 26 de março de 2009

Piada do dia!

"Difícil não é carregar um panda com um dedinho... difícil é achar um panda como apenas um dedinho!"

Pra você que, como eu, está achando a vida muuuito... mah muuuiito complicada de carregar!
[ai, minha vida de estagiária!..]

Desejos


A firma que eu trabalho faliu
E o governo decretou feriado amanhã no Brasil
Será que é pedir muito?
É só um jeito da gente ficar junto...

segunda-feira, 16 de março de 2009

Passo curto

Vez ou outra a vontade de parar vem querendo me laçar
E eu corro o quanto posso
Porque agora sei correr

E resisto ao que me castra
Andando doses homeopáticas
Rumo a seis passos na areia - ou onde quer que seja.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Reflexões de carnaval

Droga... queimei a língua.
Isso sempre me acontece quando no café requentado que não é meu. Deixo ferver que é pra evaporar um pouco d’água – café fraco, aguado. O meu não, é forte; as vezes até demais. Acho que é assim pra tudo na vida: a gente reflete nas pequenas coisas. O meu café é forte porque é assim que sinto a maioria de tudo. O que tomo, não é, é quase um chá e não me pergunte porquê. Nunca quis pensar sobre. Se alguém me indagar por que então tomo este, sei dizer que é porque, pela manhã, não tenho tempo e, se à tarde, ele já está pronto mesmo... posso retratá-lo ao meu gosto. E gosto disso. Contra o desperdício, dar cara nova ao que já está pronto é minha arte culinária. Quando sou eu quem faz, são medidas poucas e certeiras... um número quase exato de goles ou mesmo nas xícaras de arroz. É um prazer acertar; e fazer. É importante deixar escorrer pelos dedos os sentimentos bons, deixá-los pingar nas comidas. É o que penso: cozinha é feita pra quem tem prazer em estar ali se doando sensorialmente. Do contrário, por favor, só ajude na louça.
Ai, esse café... o tomei rápido porque precisava de algo no estômago e tinha pressa de ver o carnaval na tv. É, admito: gosto de ver. E minha escola desfilou ontem, só descobri hoje. Tudo bem. O que me empolga mesmo é a apuração... e ela raramente ganha. O mesmo vale pro futebol: não acompanho, não me interesso muito, nem entendo direito a ordem dos ampeonatos... mas tem coisas que a gente simplesmente é. Eu sou Beija-Flor e sou Flamengo. E gosto de ser. Se não gostasse, podia mudar. E eu disse isso à ela... que ela precisava enxergar o que ela é. Bem, é o que enxergo... mas considero bem real.
“Eu te confundo? Porque acho que não sei organizar muito bem as palavras.” Ela disse que não. Não para a confusão, mas para a organização. Espero que tenha entendido!
Vimos uns compactos do primeiro dia da Sapucaí pela manhã. Minha tia não desfilou no grupo especial esse ano, mas ainda assim queria me arrastar. Confessei minha escola. E meu saudosismo pelo “antigamente”, quando havia mais samba e menos coreografia, quando quem desfilava eram os apaixonados pela escola e não artistas globais que pulam de escola em escola a cada ano. O mesmo vale pro futebol. Gostava mais quando os jogadores “pertenciam” de verdade aos times.
Agora, na entrada da primeira escola, a comissão de frente, com aquele povo que faz tudo, menos sambar, ali logo no início, a imagem do alto, era visível a empolgação de uns... amor mesmo. Dava pra sentir daqui. São essas pessoas que fazem a diferença nessas coisas e eu admiro. Admiro a entrega e o amor verdadeiro. Não só por pessoas. E isso é tão difícil... amar coisas, grupos, instituições e entidades. Porque o seu amor tem que ser gigantesco, tem que abraçar o tamanho dessas grandiosidades que você se dispõe a fazer parte. Então seria amar a você mesmo também. Se houvesse mais desses sentimentos, as pessoas só fariam o que amam de verdade. Seria talvez o caos, mas seria feliz.
Mas que fique claro, não sou a favor da anarquia. Mas sou a favor da felicidade. “Faz o que quiseres, se a ninguém prejudicares.” me dizia a máxima pagã e eu ainda acredito. Pensei hoje que o que a religião que minha mãe acompanha pela tv é pra ela, na verdade, um coquetel tarja preta sem prescrição médica. Um dia, ainda digo à ela. Por enquanto me vale o amor verdadeiro às escolas de samba. Não o meu, mas o que vejo daqui das pessoas lá. Eu sinto o delas como se pudesse sentir a um órgão. E isso foi ela quem me disse. “É como se pudesse sentir a um órgão. Como se pudesse sentir cócegas no coração.”.
Eu sentiria cócegas no coração. Teria vontade de arrancá-lo. O guardaria numa caixa bonita e entregaria a ela; estaria certamente em melhores mãos. Comigo, acabaria esquecido em algum canto, empoeirado, ressecado e ferido de falta de cuidados. Ela saberia o que fazer com ele.
Na verdade, tecnicamente já fiz. É dela.
E o carnaval segue. Espero que ela tenha feito o que era preciso fazer. Sempre tomo um analgésico quando chego em casa. Ela só queria dormir. Quase três dias esquecendo do mundo nos deixam assim. Ninguém além dela me sabe tão boba, tão séria, tão indefesa, tão opinativa.
Desse pra viver eternamente assim, eu quereria açaí. Mas a realidade nos imprime uma sogra com saudades, outra que só dá pra sentir pena, os compromissos dos próximos dias úteis e as baianas a rodar.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

15:32


Querida, me dispensei de tudo hoje e aluguei uns filmes. Isso provavelmente vai me falir pro final de semana, mas tudo bem. Estou aqui comendo leite condensado na colher e vendo um daqueles que me dão vontade de viver urgentemente. Lembrei agora das besteiras que a gente as vezes fala... das bobagens que te falei da última vez. Pensando bem, podia ter dito coisa melhor, mas, como escrevi em arquivos secretos, você me tira o fôlego e me embaralha o raciocínio!
Pausei o filme. Só dá pra ver legendado e meus pensamentos são mais rápidos do que consigo escrever – é tudo muito “veloz”! Ah, como eu adoro quando você fala “veloz” como esse sotaque carioca! – e eu não quero perder nada. Nem pensamentos, nem o filme. Aliás... escrevo à mão. O computador vai demorar pra ligar e eu esqueceria muita coisa. Uso a sua borracha – ela veio na minha mochila. A minha perdi sei lá onde. E a sua é boa, então fiquei com ela. Tantas outras pequenas coisas tem que não te devolvo... sei que é mais uma forma de te ter comigo. Na verdade, queria mesmo desde o início era te ligar, ouvir a sua voz, mas você está trabalhando. To inquieta hoje. Sei o que quero de você! Hoje estou com certezas....
Espero que os dias de carnaval sejam bons e quentes como hoje. Ai... esses feriados são maravilhosos!..
To com saudades!
Escrevi certas coisas ontem. Também ontem faltei a aula porque estava cansada e precisava fazer as unhas – eu sei que você vai rir disso! –, mas ainda não escolhi a cor.
Pensei na Elís hoje cedo.
Desisti da pipoca. O leite condensando está bom e mais próximo. Depois eu malho.
Vou terminar de ver o filme e agir a vida.
Eu te amo!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Matinal


Era então eu e ela
Um domingo de sol
Calor de tomar sorvete e banho frio
De cantar o que viesse à cabeça
De não ligar pra compromissos
De me perder em castanhos olhos
E sentir bom dia naquele sorriso de menina.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Tome nota

O meu delírio é lembrar teu gosto
teu gesto mais puro
tua frase certeira.

O meu delírio é apertar tua carne
velar teu sono
fazer planos conjuntos.

Me arrepia te olhar de perto.
Me desconcerta ouvir tua voz.

e nessa distância - coisa que a vista não permite alcançar
pois a hora que permitir...
ah...

Ah!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Projetos


Quase se via um arco-íris no fim do precipício limitante do que se pode chamar de visão. Pouco antes tinha sido uma dessas chuvas torrenciais de veraneio. O céu, ainda num cinza escuro azulado que, considero, cai bem e dá elegância a qualquer pessoa. O sol, forte, frio e sínico, do jeito que acho tão lindo.
Um trovão.
Me dispersei da leiturae quase vi o arco-íris.
Pensei: quero uma varanda maior; uma que caiba um sofá grande pra eu poder esquecer da vida e me aninhar no peito dela..

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

"As coisas se pertencem... e tudo vai pra onde deve ir."


É, você que é feita de azul
Me deixa morar neste azul
Me deixa encontrar minha paz
Você que é bonita de mais.

Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você
E você sempre foi só de mim
Que eu sempre fui só de você...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Ontem


É cedo e é domingo. Portanto tudo que é antes do meio dia é cedo.
Mas realmente era cedo. As duas haviam acordado às 7h, a amiga, uma hora mais tarde e pouco depois disso estavam as três voltando do mercado com as providências do café da manhã. Era quase familiar, pensa agora – isso de buscar o pão e sentar à mesa, todos juntos, nunca teve.
Já chegavam à portaria do prédio quando se deteve olhando para cima. O sol forte que faz as folhas das árvores brilharem mais que o normal sempre prenuncia chuva e ela sempre tem um nó no coração nessas horas. É que fica tudo um tanto bucólico quando o tempo está assim; ao menos para ela. Então lembrou que estava perto a hora de ir. Quis que tudo parasse. Na verdade, sempre quer porque assim elas poderiam andar nas ruas abraçadas e felizes, rindo da cara das pessoas que viraram estátuas com expressões engraçadas e não teria despedida. “Um dia não terá mais saudades”, foi o que a menina disse e o máximo de tempo que terão de esperar será a volta do trabalho. Ainda será assim, espera.
Conteve a dor.
A noite anterior foi de confusão e muita vodka. Deitou e dormiu feito pedra. Estivesse sóbria, a teria deixado espancar o amigo – talvez só assim ele aprendesse a não dar vexames tão grandes. Mas quando pensa nisso, também pensa no que ouviu no portão enquanto outra menina tentava domar o grande alemão bêbado à sua frente. Essa parte da história não contou, nem contará. “A verdade dói”. Mas nem por ser verdade faz a amizade amena com o menino ser agora um cristal menos quebrado. Para ela, beber não justifica. Se disse é porque já queria disser. E os atos cometidos é porque já estavam latentes; talvez só não os fizesse por puro freio social. Ah se ele tivesse realmente conseguido levantar daquele sofá! Teria pena do resultado final. Estivesse ela também sóbria, talvez apartasse tudo e fosse embora, mas também estava alterada e se aquele homem todo conseguisse realmente revidar o tapa na cara de mão aberta que recebeu, sabe bem que avançaria pra cima dele. Oh noite complicada. Bom foi só sentir o calor do corpo dela na cama, acordar e ver aquela mulher linda ao lado.
Mentira. Essas reuniões de turma sempre rendem histórias hilariantes e ótimos momentos, mas é que estava tudo tão recente que vinha mais a confusão do fim da festa e o contrapeso de que ao lado dela tudo tinha um lado bom.
Se sentiu mal no mercado, coisa de quem bebeu demais. Lembrou que havia acordado de calça jeans e com um gosto horrível na boca. “Pensei em te colocar um short mas você estava dormindo tão bem que não quis mexer em você”. Não quer que seja assim... com a menina cuidando dos seus porres. Se prometeu beber menos; ao menos com ela ao lado!
Café tomado, sogros em casa, almoço servido, passagem comprada. As horas voam na rodoviária e sempre tem gente pra olhar. “O cara de azul atrás de você já está me irritando! Parece que nunca viu!...”. Achou engraçado. Mas também se irrita quando olham demais. Selecionavam as músicas no mp3 querendo não contar o tempo. Janta a faz chorar. Não tem jeito. E ela tem de ir. E não há mais tempo. E não há beijo no final. Não do jeito que ela queria...
Se abraçam. O “eu te amo” mútuo. Dá uma vontade de não deixá-la ir... de a juntar ao corpo e desaparecer do mundo...
Ao saírem do prédio, mala na mão, a menina tinha aquela expressão de quem não quer demonstrar no rosto. Ela disse “Não faz essa cara! Parece que você está indo para a guerra”, tentando amenizar as coisas. “Mas eu estou...”. Engoliu a dor a seco e fez uma piada qualquer. Aquela bolha multicolorida seria perfeita naquele momento...
Só faltavam dois minutos. A beijou o rosto e disse “vai...”
E ela foi.

domingo, 11 de janeiro de 2009


I hear you in my dreams
I hear your whisper across the sea
I keep you with me in my heart
You make it easier when life gets hard

(...)

And so I'm sailing through the sea
To an island where we'll meet
You'll hear the music, fell the air
I put a flower in your hair

And though the breeze is through trees
Move so pretty you're all I see
As the world keep spinning round
You hold me right here right now
[Lucky - Jason Mraz]

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

As cartas que eu não mando


O armário novo chegou ontem (não consigo falar “guarda-roupas”... é “armário” e ponto.). A máquina de lavar também. Ela demora mais tempo que a outra, antiga, pra fazer o mesmo serviço e é mais baixa; achei estranho. Voltando pra casa no fim da tarde, havia umas nuvens lindas no céu.
Arrumei a casa hoje. Tomei um banho longo e me maquiei pra não sair. Assim... por vontade de maquiar mesmo; sem intenção de esperar alguém. Demorei pra me vestir: troquei umas três vezes de blusa e pus o short do pijama. Liguei o rádio e fui dançar.
Humm... me peguei, uns instantes atrás, baixando músicas daquela cantora juvenil e, confesso, nem é tão ruim assim. Acho que acabei gostando dela, de tanto que ouvi falarem bem.
Tem tanta coisa que eu queria compartilhar...
Porque, de qualquer forma, é ruim ficar sozinha.
A Amanda, a Teia, o Rodrigo e o Felipe vão dividir um apartamento já pro início do próximo mês, mas não é isso. Até pensei em fazer o mesmo, me juntar a eles, mas não daria certo. Eu sou sistemática, me irrito com qualquer coisa e, sendo sincera, não é isso que quero. Antes era ter meu próprio canto e dividi-lo com mais uma ou duas pessoas, no máximo, mas agora... daí que acabei de pensar no porquê tem de ser tão difícil. Eu sei... as pessoas não são compreensivas e demoram a digerir esses assuntos; seria bem mais fácil se eu pudesse dizer “Olha... vou passar uns dias fora” e contar a verdade sobre pra onde estou indo, mas não.
Daí eu penso que um dia seremos só nós duas e eu vou poder achar a nova máquina de lavar estranha ao lado dela e perder alguns minutos do dia discutindo a melhor posição das roupas no armário novo, ou tomar um longo banho depois de um longo dia e me arrumar pensando em estar bem pra quando ela chegar e lhe contar que dou o braço a torcer e que a cantora que ela adora é realmente boa.
Eu sei que um dia vai ser assim e isso tudo não era pra se tornar uma carta dolorida, mas é que deu uma vontade de chorar agora!...
Era só pra dizer que estou com saudades!...


segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Arquivo Oculto

“As vezes a gente deleta certos acontecimentos porque simplesmente não fazem sentido num determinado , mas não é que eles se vão... não. Ficam lá, em algum lugar da mente, esperando aquele instante em que serão iluminados por um imenso holofote e então nós dizemos: caramba! Eu nem lembrava disso, mas não é que foi assim mesmo!?”

Por um instante a olhou diferente, mas quis acreditar que era a comoção do ambiente: um show com músicas que falavam de amor, o amigo apaixonado que, mesmo só, parecia acompanhado, aquele ar da madrugada, os casais por perto.
Nem sabia o que esperar direito daquele show – mal conhecia a banda! Só não queria pensar que estava só... que a muito tempo estava só. Mesmo que tivesse tido algumas pessoas pelo caminho, nenhuma quisera naufragar em seus mares... descobrir seus abismos. Se sentia, naquela noite, a pessoa menos interessante do mundo e só não queria pensar sobre.
Todos ali pareciam tão apaixonados e felizes... mais uma vez se sentiu só e com a impressão de que seria assim pela eternidade. Então veio ela falando do garoto de nome estranho que tinham acabado de conhecer. Não, pensou. Definitivamente não! Era esquisito, parecia vindo de um seriado infantil global anos 80, era feio... e tinha tics! Ai... não! E mesmo que não fosse. Naquela hora arranjou todos os defeitos do mundo para o garoto. A amiga merecia mais que aquele nerd alienado provindo de um buraco qualquer do interior de sabe-se lá onde. E ela estava tão bonita aquela noite... merecia mais! Ele não saberia nem o que fazer com ela! Ai, como era lento! Ela deu todos os sinais possíveis e ele... se indignando com duas garotas se beijando a sua frente.
Se recusava a acreditar num beijo entre os dois. A noite não poderia terminar daquele jeito: o amigo ao telefone com o namorado e a menina com aquele sujeito. Ela estava tão bonita aquela noite...
Dissipou o pensamento. Afinal, era só o que faltava! Ciúmes e vontades pro lado de uma das melhores amigas.